é mais fácil ordenar estes pontos, do que ordenar ao coração o que sentir
Terá sido suicídio?
Do ponto em que se encontrava, Alice não podia reconhecer a pessoa que jazia na pequena e estreita rua paralela à via principal, mas, quando conseguiu aproximar-se soube logo tratar-se do sr. Fonseca, uma vez que qualquer que fosse o tecido, textura ou padrão do fato que envergasse, sempre muito aprumado, nunca ninguém no bairro […]
65-43-JM
A tua última viagem poderá ser o meu primeiro regresso. Não sei quem conduz quem. Há em nós uma dança imperceptível, os dois imobilizados no ponto de embraiagem perfeito, os dois articulando, a cada curva desfeita, os acordes dos gestos que nos afastam e nos aproximam das paisagens imprevistas, dos percursos dos dias, em trânsito, […]
O fulgor extingue-se
O fulgor esmorece paulatino. O tempo inscreve-se na carne lavrando a cheio os mapas onde se espraia a felicidade deixada aberta a fímbria do riacho por onde escorre o travo amargo da perda. Da beleza fulgente da flor sobejam ténues laivos do amor que a acalentou e as cicatrizes fundas que não soube cerzir.
Destrossado coração
Destroços de amor (d’après Georges Méliès)
Imaginar o que não existe
Ossos cozidos na panela De-Pressão
O tempo passa, e continuamos mascarados… camuflados, aprendemos a viver num mundo desnudado, no qual nos retiram tudo até aos ossos… tornamo-nos ossos cozidos! mas ossos cozidos na panela de-pressão. Somos seres andantes, passeamos nas ruas os ossos… apenas ossos… sem sinapses… sem neurónios… sem pensamento… sem comportamento… Deixamos de lado tudo o que nos […]
Vegetação espontânea
Pulsa o coração por um Mundo Novo
Pulsa o coração por um Mundo Novo, Admirável na medida em que for governado por valores eleitos e partilhados, não por autómatos mas por criadores de cultura, conscientes da sua artificialidade em constante aperfeiçoamento. Se o algorítmo aponta para aquilo que interessa, para o que é bom, para o que toda a gente diz e […]