O que ler em Osso Sete?
Frederico Martinho a discorrer sobre a cegueira da escrita na era do capitalismo cansado (Do cansaço à cegueira). / Rita Serra a socorrer-se do perecível dente de Dorian Gray.
Susana Araújo a miscigenar linguagens num policial na N22 (Southern Noir: introdução e enredo). / Luís Januário a fazer sobreposições oblíquas (Baixo-Ventre) por entre referências tão díspares como Brel, Noha, Picasso e Ruy Belo.
O Dr. Pichón a convocar Ruy Belo num libelo contra o Verão, com a chamada de Rosa Oliveira à Recepção da Consolação no tempo dos altifalantes. / Andreia M. Silva a chamar-nos para a epopeia lusíada, “o nosso sal tem o mar lá dentro”, na entrevista a Gilda Saraiva: Saber a sal.
Ostraliana a ensaiar prolegómenos com promessas de bondage, entrevistas pela porta entreaberta da vinheta dois de três. / M. Silveira Fernandes, em Vistas largas, a avaliar justamente e de forma humana a verdadeira essência dos seres humanos.
Na última página, a nova Nota do Arquivo de Francisco Slavick Feio.
Na capa, o estribo, “o mais pequeno de todos os ossos, 0,25 cm, no interior do ouvido médio”.
No esqueleto junto, um exercício de contabilidade: 8 ossos vezes oito rubricas = sessenta e quatro artigos, e cinco outros avulso, reagrupados por autor.
COLABORAM NESTE NÚMERO:
Luís Januário | Baixo-Ventre (poema interseccionista)
Susana Araújo | Southern Noir: Introdução e Enredo
Ostraliana | Três tempos
Frederico Martinho | Do cansaço à cegueira
M. Silveira Fernandes | Vistas largas
Rita Serra | O dente de Dorian Gray
Dr. Pichón R. | Verão
Andreia M. Silva | Gilda Saraiva: Saber a sal
Francisco Feio | Notas do arquivo