Número 20

19 de Fevereiro de 2022

OSSO Vinte

CARLOS JÚLIO

E de repente, chegados a Fevereiro com toda a tranquilidade, eis que brotam no Osso 20 uns jogos florais esplendorosos onde os redactores residentes se enleiam em sã camaradagem intertextual.

Resumo, telegráfico:

Hélio, livre do psiquiatra desde Osso 19, mantem-se inamovível na Rádio Osso, com Mariana na mira. 

Morticia, Luís revela, alimenta uma imbricada correspondência entre pares. 

Pichón quase precipita Fausto para jogos de bastidores. 

Paulo, após a graça com os antigeniais, segue para o deserto. 

Ana Paula empresta pecados, até segunda. 

“O último grito” de David Sarmento, felizmente, era o penúltimo ou menos.  

Frederico debate-se entre o cinema e a televisão.

Ostraliana e Andréia ausentam-se alvoroçadas entre enredos primaveris. 

Luís Lucas é mais jantares e tem de imediato a unanimidade do CR.

Louve-se, enfim, o disciplinado  Slavick, historiador do espólio do baú, um garante de que o caos não se instalará na Osso.

A causa de tamanho frenesim? O isolamento prolongado? O cheiro a dois meses de pousio, até Maio, até à Osso III? A causa é uma só. É a Primavera em Fevereiro. Sente-se no ar e na Osso 20. Que bom. Leiamos, vejamos e ouçamos.

O Cisne de Baudelaire, o segundo texto de O estrangeiro no lugar do outro, de Abílio Hernandez.

Uma fotografia marinha de Eduardo Basto.

Os desertos já não são o que eram, mas Paulo Ventura não regressa de mãos a abanar.

Uma biblioteca harmónio-pop-up,  as suposições cada vez mais optimistas de David Sarmento.

O problema da qualidade do ar que todos nós respiramos, uma abordagem indelével com o cunho de Hélio Barata.

Frederico entra no cinema com a roupa que traz vestida.

A observação das gatas conduz-nos, pela mão de Morticia, à sábia conclusão de que “sem compreender a moeda é impossível conhecer a política.”

Ana Paula cruza pecados com Tonino Guerra, acompanhados pelo poema sonoro e ilustração de Diogo Bessa.

Luís & Pichon, em parceria com Morticia, fundem as suas rubricas e obrigam os prezados leitores à ginástica de leituras entremeadas, certamente benéficas para o cérebro, queremos crer.

*

Na capa, o Esterno, escolha da fiel leitora: “Face anterior do torax, caixa torácica. Na sua simplicidade sempre o vi como um protector. Protege o coração os pulmões e grandes vasos. Vital.”



COLABORAM NESTE NÚMERO

Abílio Hernandez | II. O cisne de Baudelaire

Ana Paula Inácio | Se quiseres

David Sarmento | Biblioteca imaginada #6

Eduardo Basto | Um dia assim

Francisco Feio | Notas do Arquivo

Frederico Martinho |  Cinema e fuga

Hélio Barata | O oxigénio é alucinogénio

Luís Januário & Dr. Pichón R. com Morticia | O Sapolsky é uma fonte inesgotável de sabedoria

Morticia | Em defesa da gata 

Paulo Ventura Araújo | Os desertos já não são o que eram