São apenas sete. São uma série de lajes com algumas das muitas mensagens escritas pelo meu amigo Luís e recebidas no meu telemóvel. Os pequenos textos carregam a narrativa dos últimos meses anteriores ao seu fim – prematuro e deliberado.
O Luís não cabia no lugar que habitava.
A realização destas lajes foi pesarosa. O rasgar de uma densa chapa de ferro, com uma frágil serra de ourives, foi algo meticuloso e lento. Catártico. O vermelho que escapa através de chagas vai escurecendo à medida que se aproxima a entrega ao sopro da destruição.
São feridas expostas que ficaram por cicatrizar.